Há aproximadamente 15 dias demos
um brado de alerta sobre a necessidade de uma tomada de posição em relação aos desmandos
do capitalismo vigente proporcionado pelo
desenvolvimento técnico-científico.
Nos textos postados afirmamos que
o sistema leva as pessoas ao excesso de consumismo, ao modismo, a construção de
líderes interessados em sim mesmos, a manipulação das massas nas eleições e, principalmente,
na criação de necessidades artificiais e não necessárias que se tornam
necessárias e naturais, fazendo de mambembe o povo, que deveria ser respeitado
em todas as camadas sociais, em especial, a maioria de marginalizados e
afastados do poder de decisão.
Muitos de nossos leitores, amigos
e seguidores do blog perguntaram se nossa clarividência já havia detectado as
manifestações populares que estão ocorrendo, já que havíamos discutido os
desmandos que são alvos dos protestos populares destes últimos dias. Não
poderia ser coincidência, pois foi muito lúcido e claro o que havíamos discutido.
A mediunidade esta presente em
vários momentos e locais, não apenas nas coisas do Terreiro. Não negamos que em
nosso Terreiro, Ilê Funfun Awô Oshogun, temos nos dedicado, como sempre
fizemos, aos vaticínios de Orunmilá Ifá, e claro está que estes oráculos não se
atem apenas ao individuo, mas ao coletivo, ao ser humano, a humanidade.
Deixando este pormenor, no
momento o importante é o destino de nossa política, da reforma política
necessária, pois de há muito esta emperrada no Congresso Nacional, que deveria
ter agilizado sua discussão e solução.
Não
importa, chegou a hora... Plebiscito ou Referendo
é algo inadiável e necessário ao desenvolvimento da democracia brasileira,
da “democracia da democracia”.
A preocupação é com o pouco tempo
que dispomos, aproximadamente 60 dias para discussão de uma reforma política,
que há tempo se faz necessária, e por isso acreditamos deva ser discutida à
exaustão; outra preocupação é o plebiscito. Como discutir reformas, apenas num
sim ou não? Quais as categorias que seriam ou deveriam ser discutidas? Outro
óbice é a mobilização do sistema de viabilização do plebiscito pelo TSE, e o
que isto custaria ao erário público.
Apesar das dificuldades técnicas achamos
que devemos levar a cabo o plebiscito, que acreditamos ser melhor que o
referendo. O referendo permite ao povo aceitar ou refutar as mudanças políticas
propostas pelo Congresso. Mas a crise não se deve ao mal relacionamento entre a
sociedade civil e os partidos políticos, logo com o Congresso? Vamos mais uma
vez entregar a eles a solução de problemas que jamais demonstraram vontade em
solucionar?
É necessário pensar nesses
“pormenores” que na verdade são substanciais para uma ampla reforma política
que atenda aos anseios populares, fazendo com que o povo se torne mais próximo
do centro político decisório, sendo seus representantes porta vozes fidedignos
do POVO, pelo POVO (não é esse o conceito de democracia?).
Como simples exemplo, poderemos propor
no plebiscito o “voto distrital” e utilizar o recall, isto é, o político eleito depois de determinado período pode
ser reavaliado pelos seus eleitores, que se não satisfeitos podem substituí-lo.
Não é a solução final, mas acreditamos,
segundo nossa opinião, seja um avanço ímpar para a democracia. Isso sim é
democracia, passe livre a igualdade e justiça em todos os níveis. Que os
“deuses”, em especial Orunmilá Ifá, permitam o “DA IFÁ FUN”, retificando e
reatualizando os destinos do Brasil e de todos os brasileiros. É o que
sinceramente desejamos. Axé!
Aranauam, Motumbá, Mucuiú, Kolofé, Axé, Salve, Saravá
Rivas Neto (Arhapiagha) – Sacerdote Médico
Ifatosh'ogun "O sacerdote de Ifá que tem o poder de curar”
Publicação 368